A Conversão
Até então eu não tinha consciência da minha verdadeira condição de pecador perdido, e logo decidi tornar-me religioso. Esforcei-me tentando reformar minha conduta exterior, mas o que mais me surpreendia era que quanto mais eu me esforçava, pior me tornava. E foi assim por alguns meses. Naqueles povoados não havia ninguém que pudesse me indicar a obra completa de Cristo. Todos os que pareciam se importar um pouco mais com as coisas de Deus, estavam se esforçando para fazer alguma obra a fim de obterem a salvação. Devido à minha familiaridade com a letra das Escrituras, eu tinha certeza de que existia uma paz com Deus que não poderia obter por meio do meu esforço e de todas as minhas obras.
Após meses de lutas e angústias, estava voltando para casa durante uma noite escura e chuvosa, quando o fardo sobre minha alma tornou-se tão pesado que me prostrei ali mesmo no caminho e clamei:
— Oh Senhor, não posso seguir adiante!
Então, um profundo sentimento de que estava perdido pousou sobre minha alma. Foi ali, enquanto estava prostrado sozinho naquele caminho escuro, que o Espírito de Deus revelou à minha alma a obra completa de Cristo. Vi, então, que aquilo que eu em vão estava tentando fazer, já tinha sido feito por meu precioso Substituto sobre a cruz. Não me recordo de ter enxergado muito além disso, mas, como Israel no Egito, encontrei refúgio e segurança sob aquele sangue precioso. E, quando me levantei, não tenho dúvida de que era uma nova criatura em Cristo Jesus. Mas, embora nascido do Espírito, ainda tinha muito que aprender acerca do que era a minha carne.