A Abertura do Reino dos Céus
O Senhor, de maneira especial, concedeu a Pedro a administração do reino, como vemos nos primeiros capítulos de Atos O termo é tirado do Antigo Testamento (veja Daniel 2 e 7). No capítulo 2, temos o reino; no capítulo 7, temos o Rei. A frase “reino dos céus” aparece apenas no Evangelho de Mateus, no qual o evangelista escreve principalmente para Israel.
A vinda do reino dos céus em poder e glória à Terra, na Pessoa do Messias, era a natural expectativa de todo judeu fiel. João Batista, como precursor do Senhor, apareceu pregando que o reino dos céus estava próximo. Mas, em vez de receberem o Messias, os judeus O rejeitaram e crucificaram. Consequentemente, o reino, de acordo com as expectativas judaicas, foi deixado de lado. No entanto, ele foi introduzido de uma outra forma. Quando o rejeitado Messias ascendeu ao Céu, e tomou Seu lugar à direita de Deus, triunfante sobre todos os inimigos, o reino dos céus começou. Agora o rei está no Céu, e como Daniel diz, “o Céu reina”, embora não abertamente. E, a partir do tempo em que Ele subiu até Seu retorno, este é o reino em mistério (Mateus 13). Quando Ele voltar novamente em poder e grande glória, será o reino manifesto.
A Pedro foi dado o privilégio de abrir esse reino para ambos judeus e gentios. Isto foi feito em sua pregação aos judeus, em Atos 2, e em sua pregação aos gentios, em Atos 10. Mas, novamente, devemos prestar atenção ao fato de que a igreja de Deus e o reino dos céus não são a mesma coisa. Sejamos claros, para começar, quanto a este ponto fundamental. A identificação falha das duas coisas têm produzido grande confusão de ideias e pode ser vista como a origem do puseísmo3, do papado, e de todo o sistema humano da Cristandade. Os comentários da próxima seção sobre a parábola do joio tratam diretamente desse assunto, apesar de se referirem a um período posterior ao dos primeiros capítulos de Atos.4