Versos Sobre o Martírio, por um Centurião Romano

“Dê o cristão ao leão!”

Clama descontroladamente a multidão romana

“Sim, ao leão castanho amarelado da África!”

Gritam os fortes e corajosos guerreiros.

“Deixe o faminto leão os rasgarem!”

Ecoa o riso contente da multidão;

“Arremessam-no – arremessam-no ao leão!”

Gritou alto a nobre matrona.

“Dê o cristão ao leão!”

Falaram em tom grave e lento,

De seus assentos de altos dignatários,

Senadores em vistosas fileiras.

Então de voo em voo, ecoa

O grito, o aplauso, e rajadas de risos

Até o gigante Coliseu

Debaixo do tumulto parecia oscilar;

E o clamor do povo

Rola através do Arco de Tito,

Todos para baixo do fórum romano,

Ao violento Capitólio,

Então uma pausa – mas silêncio, e ouça

Esse berro feroz e selvagem;

Esse é o leão do Saara,

Enfurecido em sua jaula!

Feroz, com fome e em grilhões,

Sacode ele sua juba castanho amarelado!

Para sua presa viva, impaciente,

Lutando contra suas barras e correntes.

Mas uma voz rouba fracamente

Da próxima jaula, fria e escura;

É o canto do cristão condenado à morte

Suave e baixo seu hino de morte;

Com as mãos erguidas está orando

Pelos homens que pedem seu sangue!

Com uma fé santa pleiteia

Por aquela multidão que grita.

Eles estão esperando! Levante a grade

Vem ele adiante, sereno para morrer:

Com uma radiância em torno da testa,

E um brilho nos olhos.

Nunca! quando legiões de romanos no meio,

Com o elmo em sua testa

Pressiona-o para a frente da batalha

Com um passo mais firme que agora.

Erga a grade! Ele está esperando.

Deixe o leão selvagem vir!

Ele só pode romper uma passagem

Para a alma alcançar seu lar!