“Falarão novas línguas”
Depois de dar aos discípulos a grande comissão de ir pregar e batizar por todo o mundo, o Senhor Jesus falou de certos sinais que os crentes poderiam fazer. Entre eles estava a habilidade de falar em novas línguas.
A palavra grega para “línguas” é “glossa”. Daí vem o termo “glossolalia” que com frequência se usa para denominar a faculdade de falar em línguas. A palavra língua tem três significados:
1. A língua como órgão da fala; por exemplo, em Marcos 7:33 “E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.”
2. Um idioma, como em Apocalipse.5:9 “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação”.
3. O dom sobrenatural de falar em outro idioma sem tê-lo aprendido, como em 1 Cor. 14:2 “Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios”.
Em nenhum desses casos faz-se referência a falar palavras completamente incompreensíveis.
O contexto desta passagem indica que a ideia é a de falar em línguas que nunca foram aprendidas formalmente. É um dos sinais sobrenaturais que o Senhor Jesus disse que acompanharia o recebimento do Evangelho. A história bíblica, assim como a da Igreja, nos ensina que estes sinais perderam sua importância e proeminência à medida que o Evangelho se estabilizou. Por exemplo, os milagres especiais que Paulo fez ao sarar os enfermos em Éfeso (Atos 19:11, 12) já não se veem dez anos mais tarde, quando deixou Trófimo enfermo em Mileto (2 Timóteo 4:20), ou quando aconselhou Timóteo a tomar um pouquinho de vinho para seus problemas de estômago (1 Timóteo 5:23).