COMO EDUCAR A CRIANCA?
Prefácio
Ao publicarmos “Como Educar A Criança?”, sentimos que é importante lembrar, antes de tudo, que coisa alguma pode ser feita apropriadamente se os pais ou responsáveis não forem verdadeiros filhos de Deus. Se este livreto caiu nas mãos de uma mãe ou de um pai incrédulo, nosso desejo é que você aceite o Senhor Jesus como Salvador.
Talvez você tenha um lar em ordem, segundo os padrões humanos, mas lembre-se do que Deus diz em Hebreus 11:6: “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Ao se preocupar com essas crianças tão queridas que Deus colocou sob seus cuidados, tendo elas uma alma imortal e preciosa, convém que você se certifique de estar, a si próprio, em ordem com Deus. Foi para pecadores perdidos e sem qualquer esperança, como nós, que o Senhor Jesus morreu. Somente Ele pode limpar os seus pecados, e Ele o fará se você for a Ele agora mesmo, apresentando-Lhe tão somente a sua culpa, e confiando no valor do precioso sangue de Cristo para limpá-lo de toda mancha perante um Deus santo (1 Jo 1:7). E então, havendo se tornado um dos filhos de Deus, você estará capacitado — e certamente será este também o seu desejo — a criar seus filhos para o Senhor e para Sua glória.
Antes de serem verdadeiramente salvos, os pais não podem apresentar aos seus filhos a motivação adequada. O pensamento do homem natural nunca pode ir mais alto do que a sua própria pessoa, e mesmo na educação de seus filhos o que os pais inconversos colocarão diante deles será o seu próprio eu. Eles ensinarão seus filhos a falar a verdade porque eles (os pais) não gostam de mentiras. Eles irão ensiná-los a ter boas maneiras a fim de tornarem seus filhos agradáveis e bem aceitos na sociedade. Eles lhes dirão que seus amigos não gostarão deles se fizerem certas coisas e, portanto, não devem fazê-las. Em suma, toda a educação terá um motivo centralizado no próprio eu; e, nesse caso, não poderia ser de outro modo.
Porém até mesmo um cristão, se não estiver vigilante, estará inclinado a copiar essas ideias mundanas. Uma motivação como essa apela para coração natural, nosso e de nossos filhos, mas não se trata de uma motivação vinda de Deus. Criar nossos filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6:4) é algo totalmente contrário a isso. Deveríamos ensiná-los a dizer a verdade porque são responsáveis diante do Senhor, e Ele odeia a mentira. Deveríamos ensiná-los a ser afáveis porque o Senhor diz para serem afáveis (1 Pe 3:8), e eles devem procurar agradá-Lo. Deveríamos ensiná-los a buscar sempre fazer o que é correto, não para serem bem vistos pela sociedade (pois haverá ocasiões em que serão desprezados justamente por isso), mas tão somente para agradar ao Senhor. Isto é exatamente o oposto do ponto de vista humano, mas é o único caminho certo, se o que buscamos é educar nossos filhos em conformidade com Deus.
Sentimos que é nosso dever frisar bem aqui que nossa confiança em educar nossos filhos, bem como em tudo aquilo acerca do que devemos ter confiança, deve estar no Senhor, e não em nós mesmos ou em nossos métodos. “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Co 3:5). Não há um pai ou uma mãe que possa afirmar ter educado corretamente seus filhos em todos os detalhes. Deus nos faz cônscios de nossa fraqueza e de nosso fracasso, a fim de podermos nos voltar a Ele e reconhecer que devemos tudo à Sua graça. Que o Senhor possa dar graça a cada um de nós, e a todos os pais que lerem estas linhas, para que possamos buscar nele a graça, sabedoria e força necessárias, que somente Ele pode suprir a cada dia, para sermos capazes de encaminhar nossa família a Ele nestes últimos dias.
H. E. Hayhoe