A Oração e as Reuniões de Oração
Charles Henry Mackintosh
A Base Moral da Oração
Você já esteve alguma vez em uma reunião de oração onde um varão de joelhos se põe a explicar princípios, desenvolver doutrinas, soando mais como um pregador do que como um necessitado? E certamente foi questionado se estava falando a Deus ou às pessoas.
Já esteve em algum lugar onde a vida espiritual parece tão estéril, onde nunca se ouve de uma conversão e onde um formalismo nocivo tenha sido estabelecido?
Já escutou orações extensas, indefinidas e tão apáticas que o fazem cansar e fazem com que a reunião não tenha sentido nem poder?
Já desejou que algumas vezes as pessoas fizessem orações curtas, fervorosas e específicas pedindo o que querem e esperando pelo que pedem? Talvez se pergunte como se poderia conseguir isto.
Há porções bíblicas que nos dizem como orar, expressar nossa necessidade e depois esperar a benção. Há uma base nas Escrituras onde estão as condições para a oração. Podemos alcançar os mesmos tesouros dos céus, para nosso próprio benefício, o da nossa família, para toda a igreja do Senhor e para a vinha de Cristo.
A palavra de Deus nos diz: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:7). “Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável a sua vista” (1 João 3:21,22). Quando o apóstolo desejava que os crentes orassem por ele, apresentou-lhes a condição moral de seu pedido dizendo: “Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente” (Hebreus 13:18).
Esses versículos ensinam que a oração efetiva se baseia em um coração obediente, uma mente limpa e uma boa consciência. Se não estamos em comunhão com Deus, se não permanecemos em Cristo, se Seus santos mandamentos não nos governam, se não somos honestos de coração, como podemos esperar as melhores respostas às nossas orações? Estaríamos fazendo o que Tiago diz: "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites" (4:3). Como pode Deus, sendo um Pai Santo, conceder-nos tais petições? Impossível!
Necessitamos reconhecer a base moral em que apresentamos nossas orações. Como podia o apóstolo Paulo pedir aos irmãos que orassem por ele se não tivesse uma boa consciência, um coração honesto e uma mente limpa? Isto nos demonstra claramente o desejo de Paulo de viver honestamente em tudo. E o nosso?