7. A admoestação pública
Vamos supor que a admoestação reservada não obteve o resultado esperado. A repreensão pública é o próximo passo indicado. O mal cresceu de tal forma que ninguém pode fechar seus olhos a ele. Há muitas indicações de que vai piorar. O amor agora indica a necessidade de uma ação radical. Se um irmão tem de ser poupado da vergonha e da humilhação de ficar muito tempo fora da comunhão, ele deve ser confrontado com seu erro. Uma admoestação pública será feita na presença de toda a assembleia. “Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor” (1 Tm 5:20). Os santos reunidos ao nome do Senhor, sentindo a santidade de Sua presença, também tocados pela Sua graça, são obrigados a repreender o que cometeu o mal. Naturalmente pensamos que aquele que vai administrar a repreensão deve ser conhecido pela sua delicadeza e docilidade (Fp 3:18). Limitações naturalmente sugerem-se aqui. Não deve haver demonstração de ira ou ressentimento, nem manifestação de espírito farisaico ou de justiça própria, A tristeza certamente encherá aqueles que se derem conta que não são eles, mas o Senhor deles que foi desonrado na casa de Seus amigos.
Grande cuidado deve ser tomado quando for descrito o caminho do mal desde o seu início, sem exageros, nada que não haja sido completamente baseado em fatos, que devem ser apresentados de tal forma que aquele que cometeu o mal, em vez de mostrar autodefesa, possa somente acenar em concordância com a justiça da admoestação administrada, sentindo que ela está antes abaixo, e não acima do que ele merecia.
Mencionamos em relação a isso, com alguma apreensão, uma prática que tem sido adotada entre alguns do povo de Deus, familiarmente conhecida, que é exigir que a pessoa se “sente atrás”. Alguns, de fato, assumiram determinar isso sem mesmo consultar a assembleia, dizendo que eles não partiriam o pão se tal pessoa assim não o fizesse. Isto é realmente tirar a disciplina das mãos da assembleia e administrá-la por uma pessoa. O resultado só pode ser o de deixar a assembleia aberta à acusação de ser dirigida por poucos, e talvez efetivamente feche a porta para o que de outra forma teria sido o início da recuperação.
À medida que o caso cresce com menos esperança, nosso cuidado deveria aumentar. Não vamos dizer que não poderá haver casos em que a assembleia sinta que um irmão deva ser “calado”; mas tais casos são raros e são indicados quando há grave suspeita de que o mal seja pior do que é sabido, e o qual é justo ser trazido à luz. Deste modo, um irmão que foi reportado estar em curso de pecado pode apresentar-se numa reunião para partir o pão. A assembleia poderia requerer ao tal abster-se de fazê-lo até que tenha havido tempo de examinar o caso. Não precisamos dizer que isso precisa ser feito com toda a prontidão. Mas desaprovamos fazer do ato de sentar-se atrás um grau de disciplina.