NO MUNDO MAS NÃO DO MUNDO
Tradução: MARCIO ROGÉRIO DE FREITAS
W. J. Prost
Em Sua oração ao Pai em João 17, pouco antes de ir para a cruz, o Senhor Jesus fez várias referências a Ele mesmo no que diz respeito ao mundo. Duas delas são muito significativas para o cristão hoje. Primeiro, lemos: "Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo" (v. 11). Em segundo lugar, Ele diz: "porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo" (v. 14). Nestas duas afirmações pairam algumas considerações muito importantes para nós, a nossa relação com o mundo ao nosso redor.
Até a crucificação do Senhor Jesus, o mundo estava sob julgamento, pois Deus estava colocando o homem caído em diversas provas para ver se havia algo de bom nele. Não que Deus precisasse de uma prova disso para que Senhor Jesus pudesse dizer: "pois bem sabia o que havia no homem" (João 2:25). No entanto, Deus estava provando ao homem que, mesmo sob as melhores circunstâncias, ele era um completo fracasso.
Quando este mundo crucificou o Filho de Deus, o julgamento do homem acabou e Deus pronunciou Seu julgamento sobre o mundo. Daquele ponto em diante, até o julgamento ser consumado, aqueles que honram ao Senhor e vivem para Ele neste mundo, devem seguir um Cristo rejeitado - aquele que foi expulso. É claro que, desde o início da história do homem, a rejeição foi o pagamento das pessoas que procuraram ser fiel a Deus, uma vez que Cristo foi rejeitado, Satanás tornou-se o deus e príncipe deste mundo, e sendo assim, as linhas de batalha foram claramente desenhadas.
É maravilhoso observar que o Senhor Jesus nos associa a Ele em tudo isso, pois "não são do mundo" assim como Ele "não é do mundo". Se ele foi jogado fora, nós também seremos se formos fiéis a Ele. É em Seus passos que andamos. Sendo assim, somos chamados para um caminho de separação do mundo, pois "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 João 2:15). O amor e os propósitos de Deus convergem em Seu Filho amado e Ele nos ama como ama Seu Filho amado. Se quisermos desfrutar desse amor e termos comunhão com o Pai, nosso coração deve estar em sintonia com o Dele. Isso somente pode ser verdadeiro se nós compartilharmos o mesmo objeto, o Senhor Jesus Cristo. Cristo e o mundo não podem existir no mesmo coração, ao mesmo tempo, o amor do Pai não pode coexistir com o amor do mundo. É um ou outro.