MARIA MADALENA
Junto com Maria, a mãe do Senhor, estava outra Maria, Maria Madalena. Não se sabe muito desta Maria, exceto que o Senhor, no começo de Seu ministério, havia expulsado dela sete demônios (Lucas 8:2). Por este ato de bondade e compaixão, o coração de Maria havia sido grandemente atraído a Ele. Ela, com frequência, servia a Ele quando estava na Galiléia (Marcos 15:41).
E agora desce uma cortina de escuridão sobre a cena toda. Já não é permitido ao homem seguir dando vazão à sua ira contra o amado Ser celestial. Aqueles que estavam nas proximidades não podiam enxergar com seus olhos, mas podiam escutar com seus ouvidos. Penetrando a escuridão, ouviu-se um brado de gelar o coração: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" (Mateus 27:46). E depois, "Está consumado" (João 19:30). A obra da salvação havia sido completada pela morte do imaculado e incontaminado Filho de Deus, o Cordeiro escolhido pelo próprio Deus.
Desde aquele momento, e até hoje, as palavras da lamentação de Jeremias trazem um significado particular: "Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho?" (Lamentações 1:12). Muitos daqueles que participaram da cena da crucificação diriam que aquilo nada significou para eles. Continuaram seu caminho para seus lares e voltaram às suas atividades habituais. O mesmo não aconteceu com Maria Madalena. Ela aguardou por perto para ver onde Ele seria colocado (Marcos 15:47). Já se delineava em sua mente um plano de como ela poderia mostrar mais um ato de bondade para com Aquele que havia mostrado tanta bondade para com ela. Ela esperou pacientemente por uma chance, e quando o Sabbath já havia passado, bem cedo de manhã ela dirigiu-se ao sepulcro com suas especiarias aromáticas a fim de ungir o corpo de Jesus (Marcos 16:1-2).